Proteger a saúde e o fluxo livre dos rios é fundamental para a sobrevivência do ecossistema da Bacia do Rio Prata e das pessoas que dependem dele. Com um sistema de monitoramento de 31 rios no trecho brasileiro do sistema do rio Paraguai, estamos trabalhando para preservar a saúde dos rios, além de sinalizar e responder a possíveis ameaças. Juntamente com organizações e comunidades locais, conseguimos impedir a construção de pequenas centrais hidrelétricas e outros projetos prejudiciais, e defendemos uma proteção ambiental mais forte para esta área natural única. No Brasil, os esforços dos membros da rede levaram à inclusão da área do Pantanal no Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa. Na Argentina, mobilizando apoio para uma lei nacional de proteção das zonas úmidas.
O que alcançamos desde o início da nossa iniciativa em 2018
14
Impedimos com sucesso a construção de 14 pequenas usinas hidrelétricas
31
Instalamos um sistema de monitoramento em 31 rios no trecho brasileiro do sistema do rio Paraguai
45+
Organizamos mais de 45 ações contra planos que prejudicariam o sistema fluvial, como projetos de portos, canalização ou extração de areia
A importância dos rios que correm livremente
Os rios da Bacia do Prata são essenciais para a saúde da área pantanosa e de sua população. Eles são o habitat natural de inúmeras espécies. São fonte de alimento e água para beber, lavar e irrigar. São meio de transporte para milhares de comunidades ribeirinhas e desempenham um papel central na cultura, nas crenças e nas práticas locais.
Trabalhamos com organizações e comunidades locais para garantir que elas sejam informadas sobre planos e projetos prejudiciais e sobre seu direito de se opor a eles.
Planos para pequenas centrais hidrelétricas, canais e outros projetos de infraestrutura estão colocando em grave risco a saúde da Bacia do Prata e de sua população. As barragens afetam seriamente os níveis de água dos rios e a capacidade de migração de peixes e outras espécies animais, o que, por sua vez, ameaça os meios de subsistência das comunidades locais. No entanto, novas barragens estão sendo planejadas em muitos afluentes dos rios Paraguai e Paraná, das áreas a montante na Bolívia, Paraguai e Brasil até as áreas a jusante na Argentina.
Um projeto de hidrovia, conhecido como Hidrovia Paraguai-Paraná, também representa uma grave ameaça ao livre fluxo dos rios da região e à saúde das zonas úmidas. A hidrovia cortaria o Pantanal em toda a sua extensão até a foz do Rio da Prata. A canalização de grandes partes do rio, a remoção de leitos rochosos e a dragagem de canais mais profundos prejudicariam gravemente os ecossistemas locais e alterariam permanentemente o regime de fluxo do rio.
Uma das ameaças ao livre fluxo dos rios da Bacia do Prata é a Hidrovia Paraguai-Paraná.
Comitês populares fluviais, como este do rio Cuiabá, monitoram e protegem o livre fluxo do rio.
Pantanal sem fronteiras: de olho no rio
A rede Pantanal sem Fronteiras chama a atenção para essas ameaças e aumenta a conscientização sobre a importância econômica e social dos rios que correm livremente. Trabalhamos com organizações e comunidades locais para garantir que elas sejam informadas sobre planos e projetos prejudiciais e sobre seu direito de se opor a eles. Estamos trabalhando para expandir os sistemas de monitoramento locais para garantir o livre fluxo dos rios em toda a Bacia do Rio da Prata.

